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Manaus/AM – O senador do Amazonas, Eduardo Braga (MDB), inicialmente cotado para ser o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Congresso Nacional, afirmou, em entrevista a um jornal local, nesta segunda-feira (26), que cada esfera do poder público vai precisar dar respostas sobre as ações no combate à pandemia da Covid-19.
Braga foi ventilado para ser o relator da CPI, mas, em anúncio na semana passada, recusou o posto, que acabou ficando para o senador Renan Calheiros (MDB), um dos principais opositores do presidente Bolsonaro.
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Na entrevista, Braga comentou sobre a vacinação no país e no Amazonas. Segundo ele, pela quantidade de vacinas recebidas, está se vacinando de forma lenta. De acordo com informações recentes do Ministério da Saúde, desde janeiro, 43 milhões de vacinas já foram distribuídas ao estados e municípios. Desse total, 18,9 milhões de doses foram aplicadas.
“O que nós estamos sofrendo com a lentidão de vacinação, porque nós não compramos as vacinas no ano passado, quando deveríamos ter comprado. E nós não estamos aplicando a vacina na velocidade que deveríamos estar aplicando”, afirmou.
“Se o Amazonas recebeu mais vacinas, nós, por outro lado, estamos vacinando mais lentamente. Tudo isso abre janelas de oportunidade para uma terceira onda. A única forma de evitarmos isso é com a mudança de comportamento, tomando a segunda dose e já está na hora de tomar a segunda dose, não negligenciar”, continuou.
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O senador também disse que os culpados terão que ser responsabilizados. Mas que a questão é entender quais foram as omissões e irregularidades.
“Não é uma questão de ficar apontando culpa, é dizer o que nós precisamos fazer para salvar vidas. Os culpados terão que responder pela sua culpa, em tempo oportuno. Não possível, por exemplo, é não ter… Nós sabemos há 45 dias que vai faltar kit de intubação no país e nós não vimos nesses 45 dias uma ação concreta. Cadê os aviões da FAB, por que não foram buscar kit de intubação na China, nos Estados Unidos, na Índia, onde tiver, por que nós não fizemos isso?”, indagou Braga.
BR-319
Na ocasião, o parlamentar falou sobre as obras da BR-319, que ainda continuam lentas. Para ele, a precariedade da estrada prejudicou o Amazonas na travessia para envio de oxigênio ao estado.
“Nós vimos que a BR-319 é a vida e a morte para nos interligar com o resto do Brasil. Se a BR-319 não estivesse trafegando, nós não teríamos ficado cinco dias com os caminhos de oxigênio para atravessar uma estrada que você atravessa, em tempos de normalidade, com asfalto, em 6h ou 7h. Nós levamos cinco dias para atravessar”, disse.
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Terra do meio
De acordo com Braga, o ministro de Infraestrutura disse que no segundo semestre deste ano será dada a licença ambiental para realização do processo de licitação com foco na ‘terra do meio’, que é a parte mais crítica da estrada.
“Se isso acontecer, nós vamos licitar, no segundo semestre desse ano, esses 400 quilômetros, e no verão de 2022, depois de 20 anos de luta, eu tenho 20 anos de luta […] Se deus quiser, nós começaremos a asfaltar esses 400 quilômetros no verão do ano que vem. E aí, em 5 anos, em 2027, a BR-319 estará finalmente 100% asfaltada”, disse.
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