MANAUS, AM – O vereador Rodrigo Guedes (PSC) usou suas redes sociais, neste domingo (13), para relembrar a votação na Câmara Municipal de Manaus (CMM) em 13 de outubro do ano passado, que indexa a Contribuição de Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip) à conta de energia elétrica.
“A conta chegou! A taxa de iluminação pública já está vindo mais alta para os manauaras, após aprovação na Câmara Municipal de Manaus. Votei contra e fui um dos 5 apenas que votaram contra, outros 36 votaram a favor”, disse o vereador.
À época, apenas cinco vereadores votaram contra, Rodrigo Guedes, William Alemão (Cidadania), Amom Mandel (Sem partido), Thaysa Lippy (PP) e Dione Carvalho (Patriota) se posicionaram contrários ao “presente de grego” idealizado pelo prefeito David Almeida e “abençoado” pelo presidente da CMM, David Reis, que apressou a votação a pedido do prefeito.
Segundo o vereador, “pessoas que antes eram isentas, como os microempreendedores do Shopping Phellipe Daou, agora estão pagando 12 reais na conta e aí por diante, cada cidadão manauara já está recebendo sua conta mais alta por conta do aumento da taxa de iluminação pública”, informou Guedes.
“Vale lembrar que eles já pagam a taxa de iluminação pública nas suas residências e agora estão pagando também pelo microbox, a mando da Prefeitura e da Câmara Municipal de Manaus, que, mais uma vez, se curvou ao prefeito e prejudicou a população”, ressaltou.
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Ipem revela que medidores marcam o dobro
O Instituto de Pesos e Medidas (IPEM/AM) revelou que, após fiscalização, os medidores de energia da concessionária Amazonas Energia apresentaram o dobro na contagem de consumo elétrico, impactando diretamente no valor da fatura de cada amazonense.
Segundo o diretor-presidente do IPEM/AM, Márcio Brito, a população estava correta quando suspeitava da leitura dos medidores. “Fiscalizamos mais de 25 mil medidores de energia elétrica e os consumidores tinham razão, porque os aparelhos estavam marcando errado. Em alguns casos, o valor cobrado estava vindo dobrado”, disse Brito.
Márcio Brito completou ainda que o laudo da Amazonas Energia é unilateral e ilegal. “O laudo da concessionária não tem validade, visto que o oficial é do Ipem. O Ipem é o órgão delegado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para realizar a medição e definir se os medidores de energia estão marcando corretamente ou não”, completou.
Processos judiciais
Quem já tem ação contra a empresa é a defensora pública e pré-candidata ao governo estadual, Carol Braz, que vem denunciando os altos valores cobrados nas faturas de energia dos consumidores.
O vereador Rodrigo Guedes afirmou que também vai pedir ressarcimento dos valores cobrados anteriormente. “Vou exigir que os valores já cobrados sejam restituídos para a população!!!!”, disse ele.
Desafio
Rodrigo Guedes também disse: “Desafio qualquer vereador que disse que não aumentaria a mostrar uma conta de energia com o valor da taxa de iluminação pública com o mesmo valor ou menor! Maldade sem tamanho, mas eu não carrego essa culpa!”, afirmou.
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Amazonas Energia nega acusação
A concessionária, por sua vez, rebateu as declarações e, por meio de nota, afirmou que o Ipem iniciou fiscalização nos medidores, mas que ainda não há nenhum resultado final. Afirmou, ainda, que os medidores são homologados pelo próprio Ipem.
Leia a nota na íntegra
CPI da Amazonas Energia
Vale destacar que Amazonas Energia é alvo de diversas denúncias da população amazonense por cobranças abusivas e cortes indevidos da distribuição de energia, e isso justifica a criação da CPI da Amazonas Energia na Aleam, presidida pelo deputado Sinésio Campos (PT).
Durante a sessão de retorno da Casa Legislativa, na terça-feira (1) deste mês, o deputado confirmou que os trabalhos da CPI retornariam na quarta-feira (2).
Sinésio Campos revelou que a comissão será itinerante e atuará em oito municípios a começar por Barcelos. A CPI passará por Manaus, Itacoatiara, Tefé, Manicoré, Iranduba, Tabatinga e Parintins. O deputado disse que o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) vai auxiliar nos levantamentos da Comissão de Inquérito.
Veja vídeo:
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