A possibilidade de criação de uma Zona Franca na Ilha de Marajó, no Pará, foi recebida com estranheza por representantes da indústria amazonense.
Após ser alvo de duras críticas do governo Bolsonaro, a Zona Franca de Manaus (ZFM) pode ter seu modelo replicado em outro estado do país.
Para Wilson Périco, presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), a declaração de Bolsonaro é contraditória.
“Não sou contra outros programas de desenvolvimento! Existem nichos do mercado que podem ser desenvolvidos. Mais uma vez, se pensam em replicar o programa que temos, mostra que não somos peso e que isso pode e deve ser mantido e ampliado, ficando em atividades diferentes para cada local”, avaliou.
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Périco destacou que a equipe econômica tem tratado a ZFM como um peso, afirmando que a renúncia fiscal é um problema para o país.
“Chegam ao absurdo de se dividir o valor da chamada “renúncia fiscal” pelo número de empregos. Por que não dividem o faturamento da ZFM pelo número de empregos ?”, disse.
O superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, que está em viagem a Brasília, ainda não se manifestou sobre as declarações do presidente.
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Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a declaração gera preocupação, visto que a condição logística da região é melhor, pois o Pará está mais próximo da costa.
No entanto, Nelson afirma que como a proposta ainda será estudada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, há dúvidas se ela será liberada, tendo em vista a aversão do ministro aos incentivos fiscais.
“Gera uma preocupação porque as empresas da ZFM podem ser atraídas para lá. Mas temos que avaliar com calma, o presidente falou em um ‘estudo’. Será que esse estudo mesmo vai vingar?”, disse.
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