Manaus, 13 de maio de 2024
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Cenário

Beto D’Ângelo nega perseguição contra vereadora: ‘causou tumulto’

Beto D'Ângelo disse que a vereadora não foi proibida de participar do evento, mas que o nome não estava na lista de pessoas autorizadas a subir no palco

Beto D’Ângelo nega perseguição contra vereadora: ‘causou tumulto’

Na internet, a vereadora acusou o prefeito de Manacapuru de perseguição política. Foto: Reprodução / Redes Sociais

Manaus (AM) – Com exclusividade para o Portal AM1, o prefeito de Manacapuru, Beto D’Ângelo (Republicanos), comentou a acusação de violência política contra a vereadora do município Lindynês Leite (PMN). A parlamentar afirmou ter sido proibida de subir no palanque de um evento da prefeitura e ter sofrido violência física dos seguranças particulares do prefeito e de guardas municipais.

De acordo com o prefeito, o evento de inauguração do Teatro Municipal, que teve a presença do senador Plínio Valério (PSDB) e outros políticos do Amazonas, era um evento da Prefeitura de Manacapuru e existia uma listagem de pessoas que eram autorizadas a subir no palanque do evento. Por ser de oposição, a vereadora Lindynês Leite tentou, por diversas vezes, subir no palco sem autorização, o motivo pelo qual foi barrada pelos seguranças.

“No evento, o nome dela não constava, porque ela nunca participa dos eventos da prefeitura, então a lista que estava de convidados, o cerimonial recebeu e estava trabalhando cumprindo a determinação”, disse. O prefeito ainda ressaltou que não existe gesto em desfavor contra a vereadora. “Espero que ela comprove isso, que há alguma perseguição”, continuou.

Nas redes sociais, a vereadora publicou um vídeo com registros em que ela afirmou ter sido vítima de perseguição política após o prefeito Beto D’Ângelo ordenar que os seguranças, guardas municipais e servidores do cerimonial do evento a impedissem de subir no palco do evento que, segundo ela, foi convidada pelo senador Plínio Valério, com quem teve contato para fornecer alguns equipamentos para o município.

Em vídeos enviados ao Portal AM1, o prefeito apontou outro comportamento da vereadora quando não estava gravando as imagens que ela publicou nas redes sociais. Em alguns momentos, a parlamentar aparece na escada do palco, ao lado dos seguranças, que não demonstravam reação pela presença dela.

“Ali, o que se percebe, não tem nenhum tipo de covardia com ela, nenhum tipo de proibição. Ela pode estar no evento, pode visitar obra, pode estar lá como todos os outros vereadores, que alguns estavam no palanque e outros estavam lá embaixo, e mesmo dentro da lista de convidados. Nada contra a vereadora, esse comportamento não condiz com o cargo e com a função, mostrou totalmente um desequilíbrio, não sei qual motivo”, pontuou o prefeito.

Dias após o ocorrido, um dos guardas que esteve no evento apontou a versão dele da história, onde destacou que estava trabalhando. O prefeito de Manacapuru também alegou que os servidores envolvidos no episódio formalizaram uma denúncia contra a parlamentar e terão acompanhamento jurídico. Beto D’Ângelo ainda comentou, e expôs imagens, com a equipe de reportagem que pessoas ligadas à vereadora Lindynês usavam termos de baixo calão e racistas contra os servidores da prefeitura.

“Em um relato de um dos servidores, ela chega a chamar um dos seguranças de ‘urubu’, e as outras servidoras de ‘loira burra’ e outras palavras de baixo calão. E, ainda assim, vendo e ouvindo familiares dela, pessoas ligadas a ela fazerem essas ofensas, ela ainda estava se ajeitando, ajeitando o cabelo para filmar. Nas imagens, percebe-se que não tem ninguém coagido ou intimidando, inclusive, foi dada voz de prisão aos servidores que estavam no exercício de suas funções, algo totalmente descabido e totalmente sem nenhum tipo de respaldo por isso. Ela poderia ter parado e chamado atenção das pessoas que estavam com ela para que não ofendessem os servidores e nem isso ela fez”, comentou.

Ao Portal AM1, o prefeito reforçou que a vereadora não foi proibida, mas que, como de hábito não participa dos eventos municipais, não estava na lista de pessoas autorizadas a subir no palanque. “Não entendo o porquê de forma desesperada, desorientada ou desequilibrada, ela tentou participar de um evento à força, quando na verdade tinham vários vereadores, inclusive na parte debaixo do palco, que ela poderia estar presente como todas as outras pessoas que estavam ali”, afirmou.

O prefeito ainda esclareceu que a vereadora tem o direito de visitar obras e entrar em ambientes públicos, pois não será e nunca foi hostilizada. “O que se vê, infelizmente, é a vereadora tentando, de alguma forma, criar um tumulto no evento que ela não foi convidada e que em momento nenhum foi ferido nenhum de suas prerrogativas como vereadoras”, disse.

“A determinação do cerimonial é que só suba quem foi convidado, então ali nada mais é do que pirotecnia e tentando fazer um ato de vitimismo quando, na verdade, ela deveria defender a causa [feminista] e não fez quando as servidoras foram ofendidas com palavras e as questões jurídicas serão tomadas também”, finalizou.

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