Manaus (AM) – O ano legislativo de 2024 começou na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e o presidente da Casa, vereador Caio André (Podemos), disse que a Câmara não será um cartório para chancelar tudo o que a gestão municipal mandar.
A fala do parlamentar demonstra que, no ano da disputa pela reeleição do atual prefeito da cidade de Manaus, David Almeida (Avante), a Casa seguirá conciliando o ano legislativo com o ano eleitoral e que as pautas de interesse da população continuarão sem interferência da corrida pela reeleição no Executivo e também nas cadeiras do Legislativo municipal.
“Manter os trabalhos na Casa, sem que haja prejuízo para a população […] bem, em relação ao andamento dos trabalhos, de estarem alinhados ou não com a prefeitura, isso só mostra a independência que o Poder precisa ter. A Câmara não é, e não foi durante o ano passado e não será durante esse ano, um cartório da prefeitura, que vai chancelar tudo o que ela enviar”, disse o parlamentar.
O presidente foi indicação do governador Wilson Lima (UB) para a cadeira de presidente da Casa e desbancou o vereador Fransuá (PV), que é líder do prefeito na CMM.
O posicionamento do vereador Caio confirma as suposições de uma divisão na Casa, pois disse, em entrevista, que entre ’20 ou 21′, de um total de 41 parlamentares, apoiaram o governador Wilson em sua reeleição em 2022 e que, até então, pouca coisa mudou.
“Quanto a estar ou não alinhado ao governador, quase a totalidade dos vereadores que estão aqui dentro, desses 20 ou 21, apoiaram o governador na eleição passada e pouca coisa mudou de lá para cá”, afirmou André.
Embate
Vale lembrar que, no final do ano de 2023, a CMM travou um duelo com o Poder Executivo, quando Caio, em voto de Minerva, votou contra o empréstimo de R$ 600 milhões à prefeitura. O empréstimo foi rejeitado pelo placar de 20 a 19 e, na ocasião, Caio justificou seu voto contrário afirmando que faltou transparência no pedido de David Almeida, derrubando assim o pedido.
Depois disso, a prefeitura bloqueou o repasse de verbas à CMM – o que foi rotulado por Caio como ‘desarmonia’ entre os Poderes. Então, um novo pedido foi encaminhado, no valor de R$ 580 milhões, sendo aprovado pela Casa.
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