Mortos-vivos
A disputa pelo poder e o controle sobre a Câmara Municipal de Manaus protagonizou, nessa segunda (14), algo difícil de se ver: casa cheia. Algo assim não ocorria desde o início da atual legislatura, quando foi eleita a mesa diretora e formadas as comissões.
Milagres acontecem
O episódio, inclusive, foi comemorado pela oposição da base governista, na pessoa do vereador Rodrigo Guedes, que em tom de ironia disparou: “milagres acontecem”.
Puxão de orelha
“Espero ver a Casa lotada mais vezes”, disparou Guedes, ao acreditar que o prefeito chamou alguns vereadores “no cantinho” e deu um “puxão de orelha” neles.
Pós-derrota
O milagre ocorre após a derrota do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), no placar de 20×19, ocorrida na semana passada, quando a maioria na Casa rejeitou o pedido de empréstimo de R$ 600 milhões.
Sob aviso
A Casa está precavida de que, a qualquer momento, pode analisar um novo pedido de empréstimo, que promete ser enviado por David.
Quebra de harmonia
O ex-líder do prefeito na CMM, vereador Marcelo Serafim (PSB), disse que há uma quebra de harmonia entre o Legislativo municipal e a Prefeitura de Manaus, e aproveitou para alfinetar seu ex-aliado, o prefeito, apontando que o chefe do Executivo municipal age como um “ditador”.
Sem transparência
David chegou a dizer, na semana passada, que colocaria o povo para cobrar os vereadores na CMM por votarem contra o empréstimo de R$ 600 milhões. Os vereadores alegam que não havia transparência quanto à destinação dos recursos e tampouco informações sobre como os recursos de outros empréstimos já autorizados estão sendo gastos.
Em defesa do prefeito
O vereador Dione Carvalho (Patriota), que votou a favor do empréstimo, rebateu as críticas de Marcelo Serafim, argumentando que o discurso do colega se aplica apenas à oposição, não à situação. “O discurso do vereador é muito bonito, principalmente, quando se fala de redes sociais”, ironizou.
Pedido de retratação
Quem não gostou nada da fala de Dione foi o vereador Lissandro Breval (Avante), que faz parte da Mesa Diretora da CMM. Ele pediu para que Carvalho se retratasse pela “acusação” que tinha feito, alegando que Dione estava acusando a Mesa Diretora de usar a estrutura da Casa para atacar e disseminar notícias falsas contra os vereadores.
Sem autoridade para cobrança
Já Wallace Oliveira, sem partido, disse que Breval teria ultrapassado os limites, porque o parlamentar não pode impor o que um vereador tem ou não que falar, referindo-se às exigências feitas por Breval a Dione.
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