Foto: Valdo Leão / Semulsp
Manaus (AM) – Depois de ser denunciado por furar fila da vacina, o ex-secretário municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), Sabá Reis (Avante), disse, nessa terça-feira (12), em entrevista dada ao Programa “Fala Caboco”, da Rádio Viva, que a Covid o transformou em uma pessoa melhor.
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“A covid me pegou. A Covid já me tirou do batente 50 dias, 40 da primeira vez e 10, agora, de uma outra mais recente que eu tive, mas que foi bem branda. Ela já foi bem leve e parecia uma gripezinha qualquer, como dizia o Bolsonaro no início dessa pandemia”, disso o ex-secretário da Semulsp, denunciado em janeiro de 2021 por furar fila da vacina.
Sabá não tocou no assunto sobre a denúncia, e reconheceu que a doença causou sofrimento, porém, segundo ele, a pandemia do novo coronavírus mudou muita gente e mudou para melhor. E quem não mudou, é porque “merecia morrer.”
“Porque quem passou pelo que eu passei e não se tornou uma pessoa melhor é porque o desgraçado tinha era que morrer mesmo”, disse Sabá Reis.
Furando a fila
Sebastião da Silva Reis recebeu a primeira dose de vacina Coronavac em 19 de janeiro de 2021, na Unidade Básica de Saúde Santos Dumont, na zona oeste de Manaus, sendo que nesse período, de acordo com os critérios definidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), ele não deveria receber o imunizante.
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As pessoas a serem vacinadas, naquele período, eram do grupo 1. Neste momento, as doses da vacina de Covid eram para ser aplicadas somente em profissionais de saúde, que atuavam na linha de frente do combate à pandemia.
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No entanto, o ex-secretário municipal foi encaixado no mesmo dia em que as secretárias Shádia Fraxe e Jane Mara Moraes, gestoras das pastas de Saúde (Semsa) e Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), que também foram denunciadas por furar a fila e receberam a primeira dose da CoronaVac, na mesma UBS.
Shádia Fraxe havia acabado de assumir a função de secretária.
Além deles, na lista de vacinados que também furaram a fila, consta o nome de dois assessores da Semsa: Clendson Rufino Ferreira e Stênio Holanda Alves. Todos eles foram imunizados na Unidade Básica de Saúde Santos Dumont, na zona oeste de Manaus.
O processo entrou em segredo de Justiça e até hoje não foi finalizado.
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