Manaus, 18 de maio de 2024
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Manaus, 18 de maio de 2024

Política

Nas sombras da polarização, candidatos à Presidência tentam se firmar nas eleições 2022

Apesar do duelo Lula X Bolsonaro, outros sete candidatos ainda tentam crescer nas intenções de voto

Nas sombras da polarização, candidatos à Presidência tentam se firmar nas eleições 2022

Foto: Reprodução

Estacionados na disputa presidencial, os pré-candidatos à Presidência da República de partidos menores permanecem na corrida como figurantes do cenário da polarização. Apesar da ‘guerra’ Lula versus Bolsonaro, os eleitores brasileiros têm outras opções para votar, todavia, estas acabam ficando em segundo plano por conta dos holofotes direcionados à disputa da dupla oponente principal.

Dos onze pré-candidatos que se lançaram para a corrida do pleito 2022, dois se mantêm em destaque, deixando dois como se estivessem na “reserva”, tentando vaga no ‘show principal’. Em vista disso, outros nove candidatos tentam se destacar durante a pré-campanha e assim projetar seus nomes também.

Ainda assim, desses nove pré-candidatos, apenas quatro deles possuem alguma chance de conquistar alguns votos dos brasileiros, quer seja pelo histórico de outras eleições, ou mesmo pela força do partido: Pablo Marçal (Pros), Luciano Bivar (UB), Luiz Felipe D’Ávila (Novo) e José Maria Eymael (DC).

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A sexta parte da série do Portal AM1 apresenta os outro nove presidenciáveis que estão na disputa para concorrer às eleições 2022.

Pablo Marçal (Pros)

Conhecido nas redes sociais, o empresário Pablo Marçal tem arrancado alguns votos dos eleitores brasileiros. Encostando em Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante), Marçal ganhou visibilidade como coach e acumula mais de 2 milhões de seguidores.

Apesar de ser novato na política, Marçal garante que os projetos que tem para mostrar ao Brasil são sérios. De acordo com ele, se for eleito presidente, vai investir em tudo para fazer um bom governo.

Foto: Reprodução

Marçal aparece nas pesquisas de intenção de votos com apenas 1%, mas disse em entrevista que quem perde com a polarização nas eleições é o Brasil. O candidato ainda afirmou que nunca sonhou em ser presidente da República, mas “que o Brasil precisa de ajuda”.

Luciano Bivar (União Brasil)

Representando o maior partido do Brasil, o candidato à Presidência, Luciano Bivar, entrou na política nos anos 90, quando se filiou e presidiu o diretório regional em Pernambuco do Partido Liberal (PL). Já se candidatou ao Senado Federal em 1994, e em 1997, tornou-se presidente do PSL, posto que ocupou até se tornar o presidente da sigla União Brasil.

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Pelo PSL, foi o único deputado federal eleito em 1998. Fez parte da “Bancada da Bola” formada por cartolas, e também participou da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou os contratos da CBF com a Nike.

Foto: Divulgação

Apesar de estar no maior partido do Brasil, Bivar aparece em nono lugar nas pesquisas.

Luiz Felipe D’Ávila (Novo)

Mais um empresário e cientista político está na disputa pela Presidência do Brasil. Luiz Felipe D’Ávila vai representar o partido Novo nas eleições, e tentar ser um nome forte no ‘grupo da terceira via’ para fazer com que o eleitor saia da polarização.

Neto do ex-deputado federal João Pacheco Chaves (MDB) e irmão do deputado estadual de São Paulo, Frederico D’Ávila, o pré-candidato fundou o Centro de Lideranças Públicas em 2008, uma organização sem fins lucrativos de destaque na formação de líderes políticos no Brasil.

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Foto: Reprodução

O projeto já alcançou mil cidades do Brasil, além de ter formado cerca de 300 líderes de diferentes partidos políticos brasileiros. O pré-candidato à Presidência afirmou em entrevista que já era apaixonado por política desde a infância.

E se eleito, pretende trabalhar com pautas reformistas e na recuperação da economia brasileira. De acordo com o presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro, o objetivo do partido é trabalhar na construção de uma terceira via que traga dignidade ao cargo de presidente.

José Maria Eymael (DC)

Deputado federal por três mandatos e disputando a Presidência pela sexta vez, José Maria Eymael vai concorrer ao pleito mais polarizado da história da política brasileira. Aos 82 anos e sendo um dos mais veteranos das eleições, o democrata cristão – famoso pelo jingle nos anos 80 – não acredita em pesquisas de opinião.

Eymael não aparece em uma boa colocação nas pesquisas de intenções de voto, e o nome do pré-candidato passou apenas a constar após a oficialização da pré-candidatura. Ele, inclusive, não pontuou na última pesquisa divulgada pela Genial/Quaest.

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Foto: Agência Brasil

A melhor colocação de Eymael nas eleições foi em 2010, quando recebeu 0,9% dos votos válidos, ficando na quinta posição da corrida eleitoral. Mesmo com o desempenho ruim, o pré-candidato ficou conhecido a partir do jingle de campanha: “Ey, ey, ey, mael – um democrata cristão”.

O pré-candidato não se considera nem de direita, nem de esquerda, e rejeita a ideia de ser tratado como do centro. De acordo com ele, o partido é um ‘centro transformador’.

Leonardo Péricles (UP)

O partido mais novo do Brasil, a Unidade Popular (UP), lançou a pré-candidatura do presidente nacional do partido, Leonardo Péricles, para concorrer à Presidência do Brasil.

Já obteve mais de 103 mil votos quando foi candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte na chapa da deputada federal Áurea Carolina (PSOL-MG), no entanto, não aparece nas intenções de votos quando apresentado nas pesquisas para a Presidência.

Negro e morador de uma comunidade mineira, Péricles acredita que é necessário que as pessoas participem da política e busca visibilidade por meio das redes sociais para que os eleitores conheçam as propostas que, se eleito, aplicará no Brasil.

Foto: Reprodução

Entre as propostas do pré-candidato está a governabilidade que ainda não foi aplicada no Brasil, que de acordo com ele, é a governabilidade do povo como protagonista. Socialista, para ele é necessário uma nova Constituinte como forma de reparação na sociedade.

Sofia Manzano (PCB)

Pela segunda vez disputando as eleições, Sofia Manzano já conhece bem como funcionam as eleições presidenciais. Em 2014, foi candidata a vice-presidente na chapa do seu correligionário Mauro Iasi. Desta vez, está na corrida eleitoral como cabeça, apesar de não aparecer com um bom desempenho nas pesquisas de intenção de voto.

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Economista e mestre em desenvolvimento econômico, leciona na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e já foi presidente da União da Juventude Comunista.

Foto: Reprodução

Entre as principais propostas da pré-candidata, pretende reduzir a jornada de trabalho para 30 horas – atualmente a jornada é de 44 horas semanais – sem redução de salário, além de revogar as contrarreformas e o teto de gastos.

Sofia Manzano ainda quer acabar com a política de preços internacionais, fortalecer o caráter público da Petrobras e reestatizar as empresas estratégicas.

Vera Lúcia (PSTU)

Uma das fundadoras do PSTU, Vera Lúcia já disputou algumas eleições durante a carreira política, no entanto, nunca foi eleita. Ela também aparece na parte inferior das pesquisas de intenções de voto.

Foi expulsa do PT, em 1992, por defender o impeachment de Fernando Collor. Em 2018, também decidiu concorrer à Presidência, tendo como vice o professor Hertz Dias.

Foto: Agência Brasil

Também já foi candidata a governadora de Sergipe, prefeita de Aracaju e deputada federal. Em 2020, Vera disputou ainda a Prefeitura de São Paulo.