Manaus, 11 de maio de 2024
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Cenário

Pazuello é incentivado a concorrer ao Governo do Amazonas

Cresce na direita do Amazonas a vontade de ver Pazuello na disputa eleitoral em 2022

Pazuello é incentivado a concorrer ao Governo do Amazonas

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

MANAUS, AM – O general-de-divisão Eduardo Pazuello pode não querer, mas seu nome é um dos mais cotados para disputar o Governo do Amazonas em 2022. As informações são da CNN Brasil.

Membros do círculo restrito do general afirmaram que ele está sendo incentivado a concorrer ao governo ou do Amazonas, ou de Roraima. A família de Pazuello é do Amazonas, e já foi diretamente envolvida na economia do estado. Seu pai, Nissim Pazuello, dá nome a uma escola de equitação no bairro de Adrianópolis, em Manaus, e sua família dirige negócios de navegação e petróleo no Amazonas.

Já em Roraima, Pazuello foi secretário estadual de Fazenda do então interventor federal Antônio Denarium (PSL), em 2018. Na época, Denarium foi nomeado interventor federal no estado por Michel Temer, e havia acabado de vencer as eleições de 2018. Como general, Pazuello também dirigiu a Operação Acolhida, tanto em Pacaraima como em Boa Vista, recebendo milhares de imigrantes venezuelanos.

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Histórico

Na visita do presidente Jair Bolsonaro a Manaus, em abril de 2021, militantes bolsonaristas levantaram o nome do general como possível candidato ao governo do estado. No entanto, em seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado Federal, na última quinta-feira (20), Pazuello disse que não iria se candidatar ao governo.

“É muita responsabilidade. Coordenei a Operação Acolhida, e estive no Amazonas durante a segunda onda. A pessoa precisa estudar muito e ser capacitada para exercer a função. Infelizmente, eu não tenho essa capacidade e não quero disputar o governo do Amazonas”, afirmou, em resposta ao senador Ângelo Coronel (PSD-BA).

Posicionamento

À CNN, o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, disse que a decisão de concorrer ao governo é somente do ex-ministro. “Neste momento, estou muito mais preocupado em fazer o trabalho sem politização. Eu não tenho relações políticas com ele. Não comungo com as posições dele. Não me permito estar discutindo isso nesse momento”, afirmou Aziz.

Seja como for, a presença do general no ato do último domingo, no Rio de Janeiro, mostra uma disposição política. Embora tenha chegado ao segundo mais alto posto do generalato, o ex-ministro, que ainda está na ativa, precisa entrar para a reserva se quiser disputar.

Pesa contra Pazuello, entretanto, a sua gestão no Ministério da Saúde, e que tem sido alvo de investigações na CPI da Pandemia. Além disso, a crise do oxigênio no Amazonas, em janeiro de 2021, ainda é um agravante. No entanto, a disposição e a vontade política mandaram, e Pazuello obedeceu no último domingo. Resta saber se será assim em 2022.

(*) Com informações da CNN Brasil.