Estiagem 2023 (Foto: Antônio Mendes/Portal AM1 )
Manaus (AM) – O rio Negro atingiu, nesta segunda-feira (16), o nível mais baixo na história do Amazonas e chegou aos 13 metros e 59 centímetros. Antes, a pior seca registrada era de 13,63 cm em 2010. O nível do rio foi medido pelo Porto de Manaus.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil, a região amazônica está passando por um processo de seca severa, com chances de seus efeitos e impactos serem repercutidos em 2024, em razão do processo de El Niño, que provavelmente atingirá seu ápice ao final de 2023, impactando o período chuvoso na região e possivelmente resultando em anomalias negativas de precipitação na região.
As piores secas foram registradas ao logo dos anos no estado em 2005, 2010, 2015-2016.
2005: a seca de 2005 foi uma das mais significativas na história recente da Amazônia, afetando extensas áreas da floresta e levando a níveis baixos nos rios, incêndios florestais e perda de biodiversidade. O nível do rio Negro chegou aos 14,77 cm no dia 25 de outubro.
2010: Em 2010, considerada, até ontem, a pior seca na região, o nível das águas chegou a 13,63 cm no dia 24 de outubro. Houve uma redução significativa nos níveis dos rios amazônicos e um aumento nos incêndios florestais. Tudo isso causou impactos no ecossistema e nas comunidades locais, similares ao que está acontecendo, hoje, período em que fumaças de queimadas têm provocado inúmeros prejuízos à população.
2015-2016: No dia 28 de outubro de 2015, o nível do rio Negro atingiu a cota máxima 15,92 cm. Durante esse período, a Amazônia experimentou uma seca prolongada, que afetou vastas áreas da floresta tropical. Isso resultou em impactos negativos na fauna, na flora e na hidrologia da região.
Percebe-se, portanto, que o nível do rio alcançou a marca histórica mais cedo do que nos anos anteriores.
É importante notar que as secas na Amazônia podem variar em intensidade e localização e nem toda a região é afetada da mesma forma em todos os eventos.
Além disso, a seca na Amazônia está frequentemente associada a fenômenos climáticos globais, como o El Niño, que pode influenciar os padrões de precipitação na região.
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