(Foto: Lula Marques)
Brasília (DF) – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou a abertura de inquérito na Corte contra Sergio Moro e procuradores que atuaram num acordo de delação premiada na Operação Lava Jato. A medida foi a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Para a PGR, é preciso apurar se Moro praticou crimes de concussão, fraude processual, coação, organização criminosa e lavagem de capitais. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15), pelo G1. Moro nega as acusações.
Sob sigilo na 13ª vara de Curitiba, gravações mostram que o então juiz fazia ligações para o réu, o ex-deputado estadual Tony Garcia, para dar instruções sobre o processo. O conteúdo chegou ao STF após o juiz Eduardo Appio ter conhecimento. Appio está afastado da Lava Jato.
O senador nega ter havido qualquer ilegalidade e diz que o instrumento da colaboração premiada, na ocasião, não tinha o mesmo regramento legal de hoje. O senador também diz jamais ter obtido gravação de integrantes do Judiciário.
Cassação
Em outro processo, desta vez no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o senador é acusado de furar o teto de gastos estabelecido pela Justiça Eleitoral durante a pré-campanha de 2022, quando se elegeu senador. Ocorre que o processo teve pedido de abertura do PT e do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Moro.
O caso tem como relator o desembargador Luciano Falavinha e deve ser julgado ainda em janeiro. Porém, os partidos PT e do PL avaliam pedir sua suspeição da desembargadora Cláudia Cristofani. A desembargadora aparece em uma foto ao lado do ex-juiz em uma festa infantil.
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