Brasília (DF) – Uma perícia da Polícia Federal (PF) encontrou no celular do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, uma minuta golpista e “estudos” que fundamentariam uma eventual tentativa de golpe para manter o ex-presidente no cargo após as eleições de outubro.
A minuta visava uma decretação de Garantia de Lei e Ordem (GLO), o que autorizaria o chefe do Executivo a convocar as Forças Armadas para garantir a manutenção da ordem pública. A PF, no entanto, não identificou indícios de que os documentos foram enviados a Bolsonaro pelo celular.
O órgão também apura se funcionários do ex-presidente pretendiam editar o decreto e a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
Os arquivos constavam em mensagens trocadas entre Cid e o sargento Luis Marcos dos Reis, detido na operação que investiga fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro e de sua filha. Nas conversas, a dupla elaborava estratégias para obter adesão de autoridades do Exército ao GLO.
Cid prestou depoimento à PF em Brasília na terça-feira (6) a respeito das mensagens. Ele permaneceu em silêncio durante a oitiva.
Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que emitiu o despacho autorizando o depoimento; o ex-ajudante “reuniu documentos com o objetivo de obter suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de estado”.
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