Manaus, AM – Com o fim da janela partidária, a pré-campanha para os políticos que almejam ocupar os cargos públicos já começou. A disputa entre deputados estaduais deve agitar e até mesmo renovar a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o que não deve ser diferente na corrida por uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Ao Portal AM1, o especialista em pesquisas eleitorais, Afrânio Soares, afirmou que praticamente todos os deputados estaduais tentarão manter os mandatos. Um destaque para estas eleições são os partidos União Brasil, do governador Wilson Lima, e Avante, do prefeito de Manaus David Almeida, que devem brigar pela maior bancada na Assembleia.
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O especialista detalhou o cenário para a disputa na Aleam, e destacou os principais pré-candidatos que devem sair na frente. Alguns nomes ajudarão na somatória para que o partido consiga eleger um número considerável de deputados. “Para que um partido ou coligação faça 1 deputado estadual, ele tem que conseguir 66 mil votos, no mínimo 60 mil votos”, afirmou.
“Para conseguir fazer dois, tem que ter em cerca 90 mil votos. Para 3, tem que ter em torno 150 mil votos, assim sucessivamente. Vamos ter o partido que tem a maior votação, que acredito que sejam o União Brasil, o Avante e o PSC, não vão fazer mais do que 3 deputados estaduais”, declarou.
União Brasil na Aleam
“No União Brasil, tem a Joana Darc, o Roberto Cidade, o Adjunto Afonso como candidatos com mandato. Mas tem também outros como o George Lins, filho do deputado Belarmino Lins, que não vai concorrer, mas vai fazer uma campanha ferrenha pelo filho, que também tem chance”, comentou.
Além deles, o especialista comentou que o União Brasil traz o apresentador Mário César Filho. “Outros também entram nessa briga no próprio União Brasil. Cada partido pode lançar até 25 nomes, então outros nomes também podem concorrer, mas de menor expressividade”, explicou.
“Esses que eu estou comentando são os que são da cabeça ou terão mais votos ou da barriga, que são aqueles que vão ter um numero razoável de votos, mas não vão ser suficientes para torná-los deputados estaduais, só que eles vão contribuir com a somatória”, afirmou.
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PSC na Aleam
De acordo com Afrânio, o PSC é um partido que também vem forte para as eleições no Amazonas. O partido conta com a deputada Alessandra Campelo e o deputado Dr. Gomes, além de nomes de vereadores como Caio André e Daniel Vasconcelos.
“Tem também Papi, que foi ex-prefeito de Tefé, o Robson Tiradentes, que foi candidato a prefeito de Coari e perdeu. Também tem outros nomes ligados ao interior. O PSC, bem forte, deve fazer dois ou três nessa chapa”, disse.
Avante na Aleam
Já a disputa pela Aleam, no Avante, partido do prefeito David Almeida, deve ter alguns nomes já conhecidos pelos eleitores. Um deles é o deputado Abdala Fraxe, que vai tentar a reeleição. O presidente da Câmara Municipal de Manaus, David Reis, também vai para a disputa.
“Os vereadores Eduardo Assis, Wanderley Monteiro, o ex-vereador Gedeão Amorim”, disse. O especialista também apontou uma novidade no partido e nas eleições, uma Miss na corrida eleitoral. “Também uma novidade, a primeira-dama de Parintins, que foi Miss Brasil, a Mayra Dias”, comentou.
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Outros partidos
Além dos três principais partidos que devem brigar pelas cadeiras na Aleam, o PL também aparece forte na disputa, com quatro nomes de candidatos com mandatos na Casa. Os deputados Cabo Maciel, Delegado Pericles, Tony Medeiros e Therezinha Ruiz devem buscar a reeleição.
“O PL tentará eleger os quatro, acredito que talvez só consiga eleger três; briga vai ser feia”, afirmou.
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O Republicanos vai levar três fortes candidatos, os deputados João Luiz, Mayara Pinheiro e Dermilson Chagas. “Ainda traz o vereador Capitão Carpê. Vem para fazer três deputados, mas deve fazer dois”, comentou.
Alguns partidos vão ficar ofuscados nas eleições, como é o caso do MDB, PDT e PSB, que não vão concorrer com candidatos tão fortes, mas que também não ficarão fora da disputa. “O MDB secou, ficou lá só Jesus Alves, que era antes do Cidadania. O PDT traz poucos nomes, entre os quais o Maike Farias, que é jornalista, Stones Machado, empresário. O PSB, de Serafim Corrêa, não tem mais o Marcelo Serafim, que foi para o Avante e agora vai concorrer para deputado federal, e para reeleição vem Serafim Corrêa, mas vem também o Edson Bessa, ex-prefeito de Manacapuru, e o vereador Jander Lobato”, comentou o especialista.
Já o Cidadania, que vai formar aliança com o PSDB, tem dois principais nomes e vão tentar fazer dois deputados: Wilker Barreto e Socorro Sampaio. O PMN também selecionou alguns nomes, como os vereadores Rosivaldo Bual e Kennedy Marques.
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A bancada da esquerda, formada pelos partidos PT, PCdoB e PV também apresentam alguns nomes para a briga, como o deputado Sinésio Campos. Além dele, João Tayah e Francisco Praciano vão disputar uma cadeira na Aleam.
O PV também tem nomes como Álvaro Campêlo e Carlinhos Bessa. Outra novidade é a bancada coletiva entre as mulheres, que deve ganhar espaço nas eleições.
O Patriota tem como candidatos à eleição o vereador Joelson Silva e o deputado Felipe Souza. Já o PROS traz para a disputa o ex-governador José Mello, além de tentar lançar para o governo Henrique Oliveira.
O Solidariedade entra com Bosco Saraiva, que não tentará a reeleição na Câmara Federal. Por fim, o PMB fica mais afastado, porém com um nome que já venceu uma eleição: ex-vereador Rozenha.
“São 24 vagas para a Aleam, mas essas 24 serão divididas entre todas essas coligações. Existem alguns partidos que conseguirão fazer mais de quatro, mas são poucos. A maioria dos partidos e coligações vão fazer um ou dois e no final a sobra, alguns desses partidos que fizeram três, podem fazer o quarto e talvez até o quinto, mas isso é uma possibilidade hipotética, por enquanto”, disse.
Cenário na Câmara Federal
De acordo com Afrânio Soares, a luta por uma vaga na Câmara dos Deputados ‘será um jogo duro’. Cada partido só pode lançar nove candidatos, sendo mais um pelo total de vagas. Ou seja, nove candidatos disputarão a soma dos votos e vão contar para saber se a federação ou o partido fez um consciente eleitoral, que deve ser em torno de 225 mil votos.
“Então, para fazer um deputado, tem que ter pelo menos 200 mil votos, o que corresponde a 80% do quociente eleitoral. A partir daí, pra [sic] fazer dois deputados, é preciso algo em torno de 300 a 330 mil votos. Para fazer três, é preciso 450 a 500 mil votos, então é uma missão bem difícil”, disse.
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Novamente, a chapa que aparece em destaque na disputa é do União Brasil, o qual tem o deputado federal Delegado Pablo, os deputados estaduais Saullo Viana e Fausto Junior. Além deles, o ex-secretário Municipal de Educação, Pauderney Avelino, também vai concorrer a uma cadeira em Brasília.
Além dos pré-candidatos, o partido também vai lançar uma bancada coletiva de mulheres. “Essa é uma jogada inteligente, querendo fazer uma boa “barriga”, digamos assim, com essa bancada coletiva. Mas, na verdade, o União Brasil deve fazer dois deputados federais. Vamos ver quem serão desses que disputam”, comentou.
Um partido que vem forte para as eleições em Brasília será o PL, do presidente Jair Bolsonaro. Na sigla, o deputado Alberto Neto deve tentar a reeleição. O ex-senador Alfredo Nascimento também vai concorrer nas eleições. “Há rumores que o Coronel Menezes, que originalmente deverá concorrer ao Senado, pode concorrer também a deputado e também estaria na chapa da PL”, disse.
“Além disso, tem uma parte de lideranças do interior. Também tem um coletivo de mulheres que será utilizado na tentativa de fazer uma barriga boa. Alguns pastores também estarão, alguns membros da segurança, como Rodrigo de Sá, que foi diretor do Detran-AM, o delegado Costa e Silva, que foi candidato a vice-prefeito na chapa do Romero Reis, são exemplos de opções. Não creio que essa chapa faça três, vai fazer no máximo dois, com risco de fazer só um”, afirmou.
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O especialista ainda classificou como “grupo da morte” os pré-candidatos do PSD, do senador Omar Aziz, que vem com três deputados federais com mandato. Os deputados Marcelo Ramos, Sidney Leite e Átila Lins estarão disputando voto a voto.
“Essa briga será boa, porque essa partida, provavelmente fará duas vagas, o que coloca em risco um dos três candidatos”, disse.
O Republicanos também montou um “grupo da morte”, com o deputado Silas Câmara e, disputando uma cadeira, também tem o ex-prefeito de Coari, Adail Filho. “Esse sim não seria nenhum espanto se eleger, que deve vim até o final com cerca de 100 mil votos. Esse partido corre o risco de fazer dois, mas também existe a possibilidade remota de fazer somente um”, apontou.
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Já o Avante vai entrar na briga pela Câmara Federal. De acordo com Soares, David Almeida deve lançar a filha Fernanda Aryel para a disputa. Outro candidato que também vai em busca de um mandato é o O vereador Marcelo Serafim.
O Avante também vai colocar na disputa Hissa Abrahão e o vereador Marcel Alexandre, além do vereador Lissandro Breval. A jornalista Liliane Araújo também deve entrar na corrida em Brasília.
A aliança entre o PSDB e o Cidadania, partidos que devem lançar Amazonino Mendes para o governo e Arthur Neto para o Senado, entram com a candidatura de Conceição Sampaio. O vereador Amom Mandel também recebeu o convite para disputar uma vaga.
“Corre o risco de fazer um deputado. Não acredito que fará dois. A questão é saber quem será: Conceição ou Amom”, comentou.
Já os partidos da esquerda vão ter na disputa o deputado José Ricardo, além do vereador Sassá da Construção Civil e a ex-senadora Vanessa Grazziotin. “Outros nomes devem aparecer. O partido deve fazer um a dois. Se fizer dois, deve ser José Ricardo e Vanessa. Só que se esse bloco fizer dois, alguém dos que falei antes terá menos um. Então a briga será muito pegada para federal”, afirmou.
“Os outros partidos, sinceramente, creio que não farão nenhum outro nome que possa estar no nosso radar”, declarou.
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